Guillon Ribeiro
Muito devemos ao incansável trabalho deste seareiro de primeira grandeza, embora não tanto conhecido do grande público. Podemos mesmo dizer que poucos espíritas devem haver que jamais tenham lido um livro dentre os tantos que passaram pelas criteriosas mãos de Luiz Olimpio Guillon Ribeiro.
Porque Guillon Ribeiro traduziu quase todos os livros do Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec: "O Evangelho Segundo O Espiritismo", "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "A Genese", "O Que É O Espiritismo" e "Obras Póstumas" - só não traduziu "O Céu e o Inferno", que coube o Manuel Quintão.
Os que se dedicam ao estudo de "Os Quatro Evangelhos", de J.B. Roustaing, têm aí também outra tradução de Guillon Ribeiro, inclusive com toda uma estrutura de índices criada por sua própria lavra, para facilitar o acesso ao conteúdo da obra.
A lista de livros traduzidos por Guillon Ribeiro é impressionante! Inclui livros de Pietro Ubaldi, Léon Denis, Ernesto Bozzano, Gabriel Delanne, Arthur Conan Doyle, entre muitos outros.
Nessa vasta lista destacam-se os livros "A Grande Síntese"(de Pietro Ubaldi), "Joanna d'Arc, Médium" e "O Além e a Sobrevivência do Ser" (ambos de Léon Denis) e "A Crise da Morte", "Animismo e Espiritismo", "Xenoglossia" e "Psicologia e Espiritismo (todos os quatro de Ernesto Bozzano).
Além de todo esse trabalho, Guillon Ribeiro ainda escreveu seus próprios livros: "Jesus, Nem Deus Nem Homem", "Espiritismo e Política", "A Mulher", "A Federação Espírita Brasileira".
Outros trabalhos seus são as seguintes compilações: "Trabalhos no Grupo Ismael" (3 volumes), "Ensinamentos do Além", e "Advertência do Aquém".
Também foram publicadas diversas matérias suas no "Reformador" e na Imprensa Espírita.
A vida de Guillon Ribeiro é tão impressionante quanto a sua obra em benefício do Espiritismo. Pois, tendo nascido no Estado do Maranhão, a 17 de janeiro de 1875 (três dias depois de o "Jornal do Commércio" anunciar o lançamento da primeira tradução para o português de "O Livro dos Espíritos", por Fortunio, pseudônimo do Dr. Joaquim Carlos Travassos), filho de pais pobres, passando privações, órfão de pai aos 7 anos, acabou por chegar ao Senado Federal, desempenhando naquela Casa um trabalho tão importante, que mereceu inclusive um discurso elogioso de Rui Barbosa. Nessa Casa chegou ao cargo de Diretor Geral da Secretaria do Senado.
Foi Presidente da Federação Espírita Brasileira e Diretor dessa Entidade durante vinte e seis anos consecutivos, tendo exercido quase todos os cargos.
Por todo o seu incessante trabalho na divulgação do Espiritismo, Guillon Ribeiro, esse valioso seareiro é o SAL DA TERRA.
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