Guaracy Paraná Vieira
Nasceu em Paulo Frontin, então município de Mallet, Estado do Paraná, no dia 4 de agosto de 1918.
Foram seus pais Maurílio Fabrício Vieira e Nicolina Granier Lins Vieira.
Cursou o primário no Grupo Escolar Balduíno Cardoso, em Porto União, Santa Catarina.
Curso Complementar, no Colégio Santos Anjos, Porto União, Santa Catarina. Curso Ginasial, no Ginásio Santa Cruz, de Castro, Paraná, e no Colégio Iguaçú, em Curitiba, Paraná.
Desencarnou aos 72 anos de idade, no dia 18 de junho de 1991, na Santa Casa de Misericórdia, em Curitiba, Paraná, onde se encontrava internado em tratamento médico.
Era casado há 48 anos com dona Célia Madalosso Vieira e dessa união vieram os filhos Alcione, solteira; Armando, casado com Margarida de Andrade Vieira e pai de quatro filhos; Alberto, casado com Márcia Zan Madalosso Vieira e pai de um filho; Josélia, casada com Dante Luis Ricci Jacob e mãe de dois filhos; e Flávio, casado com Silvana Weinhardt de Oliveira Madalosso Vieira e pai de dois filhos.
Guaracy deixou longa ficha de atividades no campo profissional e da Doutrina Espírita, religião que ele abraçou muito cedo e da qual se tornou um líder seguro e respeitado em Ponta Grossa e em todo o Paraná.
Ainda menino começou a trabalhar em ofícios os mais diversos para ajudar no sustento de sua família. O profissional: ingressou no 13º Regimento de Infantaria, em 1937, de onde saiu no posto de 2º Sargento.
Posteriormente, trabalhou na Comissão de Estrada de Rodagem CER-1, de onde se transferiu para a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
No serviço público municipal desempenhou várias e importantes funções, dentre as quais se destacam a de Fiscal Geral, Chefe da Seção Mecanizada, Diretor de Gabinete e da Secretaria, Diretor da Biblioteca Pública Municipal e Diretor do Departamento de Educação e Cultura, cargo equivalente ao de Secretário Municipal.
Em 1966 foi nomeado Secretário da então Faculdade Estadual de Farmácia e Bioquímica de Ponta Grossa.
Em 1970, com a criação da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Fundação que ele ajudou a organizar, foi nomeado Secretário Geral da Universidade, sendo seu primeiro funcionário.
A partir de 1980, em virtude da nova estrutura da Entidade, assumiu a função de Chefe da Secretaria da Reitoria, cargo que ocupou até sua desencarnação.
O jornalista: sua primeira atividade na imprensa foi na redação e depois na direção do jornal espírita Voz da Espiritualidade, mantido pela União da Mocidade Espírita Cristã de Ponta Grossa, da qual ele participava desde a fundação em 1948.
Em 1949 ingressou como amador na equipe de Rádio e Teatro da Rádio Clube Pontagrossense, onde, posteriormente, redigiu e apresentou programas variados.
A partir de 1951, passou a colaborar na redação do Grande Jornal Falado H.M. (Hermes Macedo S/A) e a escrever a crônica Bom dia, ouvintes para a abertura da emissora.
Em 1952, com a reformulação dos programas noticiosos da Rádio Clube, começou a redigir a crônica Perfis da Cidade, que era apresentada pelo saudoso Barros Júnior e que passou a ser transcrita diariamente no jornal Diário dos Campos.
Nesse jornal, Guaracy atuou como redator de 1958 a 1959 e, mais tarde, de 1963 a 1964, foi secretário de redação, mantendo a coluna Um homem dentro da vida, que focalizava os homens de maior destaque na vida da cidade, por serem em relação a esta os agentes diretos do progresso.
Era também responsável pela crônica O assunto é Diário. Foi ainda secretário de redação do jornal Itapejara, do Centro Cultural Euclides da Cunha, e sócio correspondente do Centro de Letras do Paraná.
Na década de 80, transferiu-se para a Rádio Difusora de Ponta Grossa com o Perfis da Cidade, mas muito envolvido com as atividades profissionais e religiosas, viu-se obrigado a deixar de escrever sua tradicional crônica diária.
O religioso: movido por problemas de saúde, recém-casado, foi encontrar no Espiritismo o lenitivo para seu problema. Convencido pelo fenômeno mediúnico e pelo estudo, tornou-se espírita a partir de 1946, tendo ingressado na Sociedade Espírita Paz e Amor a Jesus, onde exerceu vários cargos.
Passou depois a colaborar na Sociedade Espírita Francisco de Assis de Amparo aos Necessitados, da qual, à época da de sua desencarnação, era vice-presidente e diretor do Departamento Doutrinário.
Participou da Fundação da Mansão Bezerra de Menezes, onde foi Conselheiro, da Casa Transitória Fabiana de Jesus e da Organização Espírita Cristã Irmã Scheilla, além de incentivar e colaborar com outras instituições espíritas.
Foi, por diversas vezes, presidente da União Regional Espírita – 2ª Região, da qual atualmente era diretor doutrinário. Atuava, também, na Federação Espírita do Paraná, onde exercia os cargos de 2º vice-presidente e conselheiro.
Viajou por quase todo o Paraná realizando palestras, participando de cursos e reuniões, levando sua abalizada experiência.
Guaracy foi um homem modesto, simples, compreensivo, cuja palavra sempre amiga cativava todos aqueles que dele se aproximassem.
Nunca teve ambições, achando sempre bom e suficiente o que possuía.
Embora procurasse se manter no anonimato, foi alvo de muitas homenagens, tendo recebido diplomas, medalhas, títulos de cidadão pontagrossense e outras menções de mérito.
Seu retorno ao Mundo Espiritual ensejou, por iniciativa de pessoas que o admiravam, a realização de várias homenagens, como mensagens e crônicas que conseguiram, mediante a revelação de um perfil de homem íntegro e caridoso, expressar exatamente o que ele foi e o exemplo que deixou.
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