O FREIO E A CHAVE

Humberto A. Mendes

Se para certas pessoas a Religião é um freio, para outras, como os espíritas por exemplo, o Espiritismo é uma chave.
É muito comum nas discussões sobre religião as pessoas justificarem a necessidade delas, como sendo um verdadeiro código de proibições, composto de ameaças, imposições, penas e castigos. Um autêntico freio controlador da alma “perversa e hedionda” dos seres humanos.

Há quem diga mesmo, que se não fosse a religião, o homem seria um ser voraz e incontrolável, como se todos os seres humanos, sem uma única exceção, fossem maus por natureza.

Só que esse tão decantado freio não funciona, pois o que vemos são povos inteiros e pessoas que se dizem sem pecados e “religiosamente corretas”, praticando toda sorte de atrocidades, contra os outros, contra si mesmas e contra Deus. São tantas as atrocidades, que não dá para enumerar aqui. Nem vale a pena.

Ao contrário do tal freio, o Espiritismo é a chave que nos abre as portas, janelas, cortinas e gavetas que esconderam por séculos, verdades universais sobre o que somos, de onde viemos e para onde vamos e, no bojo de todo o seu ensinamento, nos orienta e nos dá a consciência de que o ser humano não é um monstro desalmado que precise de freios, cadeados e grilhões. O Espiritismo nos mostra que não existem os chamados irrecuperáveis e imperdoáveis, pois que, de acordo com a Lei do Progresso, (ver Livro dos Espíritos) todos, até os mais abjetos, podem através do verdadeiro arrependimento, da expiação e da reparação de sua falhas, se recuperar crescer e evoluir. Essa é uma verdade que vale para encarnados e desencarnados.

É por isso que nós espíritas não precisamos de freio, pois já temos a chave.

Nós temos o Espiritismo.

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